segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ana Quirot: Uma declaração de amor a Cuba. A entrevista que Ana Fidelia Quirot deu ao Momento Pan, da Sportv, na última segunda-feira (23), foi um desses raros instantes em que a cobertura dos 15º Jogos Pan-Americanos pela grande mídia fugiu ao lugar-comum. Em pouco mais de dois minutos, comentando sua trajetória ímpar de superação, a ex-atleta encerrou o programa com uma defesa emocionante de Cuba e do líder Fidel Castro. ''Fui produto da medicina cubana'' Ana Quirot estava acompanha de outras lendas cubanas do esporte que já se aposentaram — Regla Torres (vôlei), Teófilo Stevenson (boxe) e Eric Lopez (ginástica artística). A soma de seus depoimentos compõe, por assim dizer, uma resposta aos três atletas que desertaram da delegação de Cuba. A respeito disso, o próprio Fidel declarou que “não existe nenhuma justificativa para solicitar asilo político”. E acrescentou: “De antemão conhece-se seu destino final como atletas mercenários numa sociedade de consumo”. Para Ana Quirot, o destino final foi à glória — o que se tornou ainda mais claro após uma tragédia. Em 1993, quando seu desempenho no atletismo estava no auge, a cubana foi vítima de um acidente doméstico que lhe provocou queimaduras de segundo e terceiro graus em 80% do corpo. Para piorar, ela estava grávida de 30 semanas e, numa subseqüente cesariana de emergência, a criança morreu. Embora sua carreira já fosse dada como encerrada, a atleta teve uma recuperação espetacular. Com a obstinação pessoal e um minucioso trabalho médico em Havana, voltou a competir no mesmo ano, enquanto dava seqüência ao tratamento. “Eu fui o produto da medicina cubana, que me fez ressurgir como a ave fênix” frisou Ana Quirot na Sportv. “Eu tenho de dizer: obrigada à medicina cubana. Obrigada a nosso comandante (Fidel), que desde as primeiras horas de meu acidente estava na cabeceira de minha cama para me dar alento para lutar por minha vida. Obrigada ao meu povo, que me deu a força e a energia para me levantar da cama, voltar às pistas e ocupar o lugar que eu tinha anteriormente. Obrigada também às muitas pessoas do mundo, amigos do esporte, preocupados com minha recuperação, que também me motivaram que continuasse no esporte”. Na opinião da ex-atleta, o que houve com ela “somente acontece num país como Cuba, onde a medicina é gratuita, a saúde é gratuita, a educação é gratuita — onde não se faz esporte somente pelo alto rendimento, mas esporte por saúde”. A entrevistada do Momento Pan recordou que, em seu país, a prática esportiva é incentivada em todas faixas etárias, inclusive por “pessoas da terceira idade, que fazem esporte para prolongar sua vida”.
Uma carreira de vitórias
Ana Quirot orgulha-se de carregar no sobrenome (Fidelia) uma homenagem ao líder da Revolução de 1959. Nascida em 1963, ela começou a praticar basquete na infância, por influência de uma irmã que chegou a jogar, décadas depois, com a brasileira Hortência. Ainda na base, Ana trocou as quadras pelas pistas — e daí se tornou uma das maiores meio-fundista do atletismo. Como integrante da seleção nacional de alto rendimento a partir de 1983, precisou de pouco tempo para se destacar. Na Copa do Mundo de 1989, em Barcelona, foi primeira colocada em duas provas — 400 e 800 metros rasos. Nesta última, correu a final em apenas 1min54s44, o terceiro melhor tempo da história da modalidade. Chamada de “Tormenta do Caribe”, ganhando medalha atrás de medalha em Grand Prix, Mundial e Olimpíada, Ana Quirot só interrompeu sua trajetória por causa do acidente de 1993.
Uma vez recuperada, voltou a brilhar, especialmente nos 800 metros. Foi por essa prova que ganhou a medalha de ouro nos Mundiais de 1995 e 1997, além de ter sido prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Recebeu, ainda, o título de melhor esportista da América Latina e do Caribe por quatro vezes (1989, 1991, 1995 e 1997). Ao talento, ao carisma e à clareza de idéias, Ana Quirot soma uma formação cultural muito acima da média dos esportistas. “Eu digo sempre, como diz o nosso José Marti (poeta cubano): "as pessoas não se medem pelas vezes que caem, mas pelas vezes que se levantam”, resume ao fim da entrevista à Sportv.
Membro do Partido Comunista e convidada de honra da delegação cubana no Pan do Rio, Ana Quirot compete eventualmente em torneios másteres (para atletas aposentados). O encerramento oficial da carreira se deu em 1999, com o nascimento da primeira filha. Seu nome: Fidelia.
Fragmentos extraídos da página da Embaixada de Cuba, no Brasil.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

A vida passada a limpo... Revista do Brasil. – Julho 07 É possível que você já tenha batido o olho em O Filho da Noiva (de Juan José Campanella, Argentina/Espanha, 2001) na prateleira da locadora e nunca tenha se encorajado a levá-lo para casa. Demorou. O filme é um dos melhores da safra latina dos últimos tempos. Tem ótimas atuações de Ricardo Darín, Norma Aleandro e Héctor Alterio e alerta com leveza: por que é preciso levar um chacoalhão e ver a vida por um fio para dar valor ao que de fato importa? É assim que o estressado Rafael (Darín) decide ajudar a mãe, com Mal de Alzheimer, a realizar seu sonho de moça: casar na igreja com seu companheiro da vida toda, ateu convicto. Poético, singelo, direto e engraçado. http://www.revistadobrasil.net
Outro olhar... Quem disse que o Movimento Sindical no Brasil só sabe fazer greves, está redondamente enganado. A prova cabal disto é a Revista do Brasil, que tem a participação de diversos sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores – CUT. A revista é mais uma alternativa à imprensa oficial da grande mídia. “Veja” com outro olhar... Quer saber mais? Acesse http://www.revistadobrasil.net

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Salve Marta! A jogadora Marta Vieira da Silva, meia da Seleção Brasileira, é hoje uma das personagens importantes do futebol feminino brasileiro e faz história nesses Jogos Olímpicos. Nascida em Dois Riachos, município com cerca de 12 mil habitantes, localizado a 186 km da capital Maceió, Marta veio de uma família simples e o gosto pelo futebol começou logo cedo, quando ela tinha sete anos de idade. Fala Marta... “Bom, a minha história não é muito diferente da história das minhas companheiras”. A brasileira Marta, eleita pela FIFA a melhor jogadora do mundo, vai para a Calçada da Fama em pleno Maracanã. Viva a eqüidade! Segundo alguns profissionais do esporte, o preconceito é social e basicamente reside em relacionar a imagem da futebolista com sua sexualidade, ou seja, ser jogadora de futebol é ser homossexual. E a homossexualidade feminina ainda é muito mal vista pela sociedade. Além disso, há o preconceito sobre o corpo feminino, que deve se re-feminizar caso a jogadora queira ser vista como uma mulher “. Em síntese: tal postura da sociedade dificulta o espaço do esporte na mídia e barra o interesse de jovens atletas”. Conclusão: Precisamos de mais PAN’s no Brasil para reverter este quadro? Ou precisamos de mais “Martas” ocupando todos os espaços?
Salve Marta, uma BRASILEIRA!!

Clube da Bossa Nova

Em Brasília ou está de passagem? Apareça na Livraria Musimed - W3-Sul, Quadra 505, Plano Piloto. Todos os sábados, a partir das 10 horas. Participe!Você vai adorar! É grátis. Você não gasta nada... Só os ouvidos e as mãos para aplaudir... www.livrariamusimed.com.br

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Mercedes Sosa - La Negra

El principio HAYDÉE MERCEDES SOSA nació en San Miguel de Tucumán el 9 de julio de 1935, en un hogar humilde. De esos años viene su apego por las expresiones artísticas populares. Recién salida de la adolescencia, le gustaba bailar y enseñaba danzas folklóricas. También cantaba. En octubre de 1950, quinceañera, empujada por el entusiasmo de un grupo de amigas inseparables, se animó a participar en un certamen radial organizado por LV12 de Tucumán. Oculta tras el seudónimo de Gladys Osorio, su incipiente calidad como cantante la hizo triunfar en un concurso cuyo premio era un contrato por dos meses de actuación en la emisora. Fue el principio... El exilio En 1979, aún en medio de la violencia que sacudía al país, Mercedes seguía cantándole a la vida. El hostigamiento y el cerco que se fue formando en torno de ella la obligaron a exiliarse. Ese año fue detenida en la ciudad de La Plata junto con todo el público que había ido a verla cantar. Ese mismo año se instaló en París y en 1980 se afincó en Madrid. En teoría, Mercedes Sosa podía entrar y salir del país, no tenía causa judicial alguna, pero no podía cantar. Durante 1998 presentó su nuevo disco. En 1999 retoma las intensas giras internacionales de otros años. El año 2.000 Mercedes finaliza un proyecto largamente anhelado: la interpretación y grabación de la, la obra cumbre del folklore argentino. En el año 2.001 Mercedes ofrece una serie de recitales en vivo en el teatro Gran Rex, en Buenos Aires. A fines del 2.002 se produce uno de los encuentros quizás más esperados por los seguidores y amantes de la música popular de nuestra tierra: Mercedes Sosa - Víctor Heredia y León Gieco. Setiembre del 2.005 nos encuentra nuevamente con una Mercedes recuperada y con un disco nuevo, notable "Corazón libre".

sexta-feira, 20 de julho de 2007

É ouro!

Diego Hypólito em entrevista na ESPN Brasil, ao repórter André Plihal, sobre sua segunda de medalha de ouro:

'(...) quero aproveitar para convidar o presidente Lula a vir assistir ao Pan, por que as vaias foram uma falta de respeito e ele é o melhor presidente que o Brasil já teve (...)'

terça-feira, 17 de julho de 2007

Maiakovski.

(1893-1930)

Poeta russo. Um dos principais representantes da vanguarda futurista do início do século XX.

Antes de Maiakovski

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de
nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada”.

...Depois de Maiakovski

Primeiro levaram os negros. Mas não me importei com isso. Eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários. Mas não me importei com isso. Eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis. Mas não me importei com isso. Porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados . Mas como tenho meu emprego. Também não me importei. Agora estão me levando. Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém. Ninguém se importa comigo”. Bertold Brecht - 1898-1956

Mais Maiakovski...

Afora o teu amor Para mim Não há mar, E a dor do teu amor nem a lágrima alivia [...] Afora o teu amor, Para mim Não há sol, E eu não sei onde estás e com quem. [...] Afora o teu olhar Nenhuma lâmina me atrai com seu brilho.