terça-feira, 4 de setembro de 2007

Desta, até Ivete Sangalo sentiria inveja.

Pense na cena:

Durante quatro dias, quase três mil mulheres, reunidas em um mesmo espaço físico, correndo atrás de uma única mulher. Pensou besteira... Não é? Não é nada que você pensou, mas, realmente aconteceu!

A II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres - II CNPM, reuniu de 17 a 20 de agosto, no Centro de Convenções de Brasília quase três mil mulheres. E foi exatamente ali, que a mulherada descobriu um consenso indissolúvel entre elas. Todas, sem exceção, são fãs incondicional de uma mesma mulher.

Se ela ia para um lado, elas também iam! Se ela não estava visível aos olhos de algumas, uma sempre perguntava: Cadê ela? Não a vi chegar... Outra respondia: Já chegou sim. Está em tal lugar, falando com tal grupo, e assim por diante... Uma outra comentava como quem pedia ajuda: Mas eu não posso ir embora sem tirar uma foto com ela! Imagina! Chegar na minha cidade, dizer a todo mundo que ela estava aqui, durante três dias, e não mostrar a foto! É batata, vão dizer que tô mentindo! E se tem uma coisa nessa vida, que eu não sou, é mentirosa! Sem querer, mentiu! Uma mentirinha de nada. Mas mentiu! Quem não mente?

E os flashes das câmaras digitais? Ah! Os flashes foram um detalhe a parte! Por onde ela andava, era um clarão só: Click, click, click...Uma concentração de câmeras digitais por metro quadrado, nunca vista. Parecia coisa de novela global.

E o músico? Sim, tinha músico acompanhando a estrela, e cantado a música que fez maior sucesso na Conferência. O músico e sua produtora venderam cd como quem vende água, nestes dias quentes e secos de Brasília. Por onde ela passava, a música a acompanhava... Mas quem é ela? Devem estar se perguntando. Ela? Ela é Maria da Penha, a mulher que com a sua dor e luta, dá nome a Lei 11.340/06, criada em 7 de agosto de 2006 e sancionada pelo presidente Lula. Maria da Penha protagonizou um caso símbolo de violência doméstica contra a mulher. Em 1983, por duas vezes, seu marido tentou assassiná-la. Na primeira vez, ela quase foi morta por afogamento, e na segunda por eletrocussão e afogamento. As tentativas de homicídio resultaram em lesões irreversíveis à sua saúde. Mas, a luz da estrela continua a brilhar... E foi exatamente isto, que aquelas quase três mil mulheres, que durante a Conferência, cujo tema foi, “As mulheres discutem o Brasil”, estabeleceram um consenso indissolúvel: Contra a violência doméstica, Lei Maria da Penha neles!

http://www.spmulheres.gov.br

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