segunda-feira, 28 de maio de 2007

AH! A Democracia....

Lula diz que greve de 90 dias no serviço público é férias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que se sente à vontade, como ex-sindicalista, em propor a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos. Ao comentar que protagonizou as mais importantes greves realizadas nas décadas de 70 e 80, o presidente fez questão diferenciar o movimento grevista nos setores privado e público.

A greve no setor público não pode ser feita como em uma fábrica", disse ele durante entrevista coletiva concedida hoje. É a segunda desde que ele assumiu a Presidência, em 2003. A primeira foi dada em abril de 2005. Segundo ele, no setor privado, as greves são uma tentativa de causar um prejuízo econômico ao patrão para que ele possa ceder. "No caso do setor público, não tem patrão. O povo é que é prejudicado", disse Lula, ao comentar que os serviços públicos de saúde, educação, transporte coletivo, por exemplo, são utilizados principalmente pelos pobres.

Não queremos proibir a greve, pelo contrário", afirmou Lula ao comentar que o projeto do governo pretende estabelecer responsabilidades. "Não é possível que alguém faça greve 90 dias e receba os dias parados. Porque deixa de ser greve e passa a ser férias. Todos nós temos o direito de fazer greve, mas saber que não é tirar férias. Afinal de contas você ganha pelo dia que você trabalha, e não pelo que fica em casa", completou o presidente, ao defender também que o servidor público tenha um coletivo de trabalho.

Comentário: Em parte o Presidente tenha razão. Mas há condicionantes que não se pode deixar de levar em conta. 1-É necessário Institucionalizar um mecanismo de Solução e Tratamento de Conflitos para o setor público, a exemplo do setor privado. 2-Se faz necessário o estabelecimento de um processo de negociação, também a exemplo do setor privado. 3-É fundamental a ratificação da Convenção nº 151 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, da qual o Brasil é signatário e, 4-Temos que entender que o servidor público, também é trabalhador, e aí sim, o Presidente tem razão. Nesta condição, devem os servidores assumir as suas responsabilidades, também no momento do conflito. Não dá para fazer greves com o recebimento integral dos salários e sem cortes do ponto. Isto, é mais que férias. É farra com o dinheiro público! Esperamos que haja a regulamentação, com critérios, de forma a garantir os direitos e definir os deveres e as responsabilidades das partes. Que cada qual, cumpra a sua parte. Veja o vídeo ao lado: A CUT es as greves no setor público.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Lula tem razão. Eu que não sou servidora pública, acho muito engraçado esse negócio de fazer greve e receber salário integral.Engraçado não, é trágico!